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SAPO Zen

Augusto Cury 5

O nosso entrevistado dz que a sociedade actual se converteu “numa fábrica de pessoas stressadas e ansiosas”, um “manicómio global” e que é preciso travar, caso contrário, um destes dias, o “mundo vai virar um grande hospital psiquiátrico”.

Segundo Augusto Cury:

«O normal é ter essa sintomatologia, o anormal é ser tranquilo, sereno, trocar experiências de vida com as pessoas que nos rodeiam, não ter medo das nossas lágrimas diante dos nossos filhos, não ter medo dos nossos fracassos, não ter medo de falar deles diante dos nossos alunos e filhos."

Nome grande em termos de pedagogia e educação, Augusto Cury vendeu mais de sete milhões de exemplares em todo o mundo o que o transforma num fenómeno ao nível de Paulo Coelho. "Muitos não entendem porque os meus livros são tão procurados... Talvez seja por causa das viagens ao insondável mundo da mente humana", diz quem se irrita quando o consideram o mestre dos best-sellers de auto-ajuda e é autor de, entre outros, A Saga de um Pensador, Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes, Maria, a Maior Educadora da História e Pais Brilhantes, Professores Fascinantes.

 

O escritor e psiquiatra brasileiro, Augusto Cury, esteve em Lisboa para promover seu último livro intitulado O Vendedor de Sonhos, obra que ocupa desde a sua publicação os primeiros lugares da tabela dos livros mais vendidos no Brasil., ocasião em que estivemos juntos para uma entrevista em que conversamos sobre mente, espírito e corpo.
Na sua entrevista Cury fala-nos sobre a importância dos nossos sonhos, não como fantasias mas como possibilidades reais de realização..
 

 

 

Heloisa Miranda
sapozen@sapo.pt
 
 
 
O Convidado:
 
Augusto Cury é psiquiatra, psicoterapeuta e cientista. É presidente da Academia da Inteligência, no Brasil.
 
“Os meus romances não pretendem criar tramas que apenas entretêm, divertem, excitam a emoção. Todos eles envolvem teses psicológicas, psiquiátricas, sociológicas e filosóficas. Têm a intenção de provocar o debate, viajar no mundo das ideias e ultrapassar as fronteiras do preconceito”, escreve no prefácio quem admite ter mais de 3000 páginas inéditas. “Muitos não entendem porque os meus livros são tão procurados… Talvez seja por causa das viagens ao pelo território do insondável mundo da mente humana.
 
Sinceramente não mereço este sucesso, sou apenas um escritor determinado, escrevo e reescrevo continuamente.”
 
Augusto Cury diz que sua obra teve início depois de uma crise depressiva que o atingiu quando ainda cursava a faculdade de medicina em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. “Usei a dor para me construir”, afirma quem costuma ser chamado o mestre dos “best seller” de auto-ajuda. O que o irrita. Já que ele nem sequer se considera um autor de auto-ajuda. Apresenta-se como um cientista, o revolucionário criador de uma nova teoria sobre o funcionamento da mente humana – a inteligência multifocal, que pretende ensinar o leitor a controlar as “janelas” da sua memória.
 
O livro fundamental dessa “teoria” é Inteligência Multifocal, publicado em 1998. Aos seus muitos detractores. Cury responde desta forma: “Quase ninguém entendeu minha teoria, de tão complexa que ela é”. Em Londrina, no Paraná, o Centro Universitário Filadélfia (Unifil) oferece cursos de especialização, ao nível de pós-graduação, em inteligência multifocal. Talvez graças a esse reconhecimento que Cury ganhou o título de doutor honoris causa pela Unifil.
Cury vive com a mulher – Suleima, que foi sua colega na faculdade de medicina – e as três filhas em Colina, cidadezinha de 17 mil habitantes, situada próxima da capital dos rodeios. “Sou um escritor simples, que gosta do anonimato”, diz. No sítio onde mora, com 16 mil metros quadrados, pavões e galinhas passeiam-se pela relva.
 
Dá uma média de quatro a cinco palestras por mês.
 
 
 
Augusto Cury considera que a situação se agravou nas últimas décadas, marcadas pela globalização da economia, mas também a globalização da informação, que conduz àquilo que diz ser o «Síndrome do Pensamento Acelerado».
 
Segundo o psiquiatra, as pessoas são hoje mais inseguras do que eram no passado, «mas o verniz demonstra que elas são falsamente seguras»: «Elas vendem a imagem de que está tudo bem, vendem a imagem de que a sua vida não tem conflitos, mas, por dentro, estão chorando».
 
Os seus detractores chamam-lhe “mestre da imodéstia”, falam das suas frases simplórias e das “doidices científicas”. Dizem que, embora nos temas espirituais, a sua felicidade tem uma confortável base material: em 2005 foi o escritor brasileiro que mais vendeu no Brasil. Três obras suas – Pais Brilhantes, Professores Fascinantes, e os motivacionais Nunca Desista de Seus Sonhos e Você É Insubstituível – aparecem entre os best-sellers do país. Prolífico, ele ainda tem outros 14 títulos. É autor de Doze Semanas para Mudar uma Vida; Revolucione a sua Qualidade de Vida; Seja Líder de Si Próprio, Nunca Desistas dos Teus Sonhos, A Saga de um Pensador e Dez Leis Para Ser Feliz. Por isso não é de espantar que a sua única comparação seja com Paulo Coelho.
 
 
 
 
 
 
       
 

 

 

 

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