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SAPO Zen

" A gratidão é um santuário..."

 

“A gratidão é um santuário que nos permite amar ainda mais profundamente.” Michele Gold
 
 
Já reparou que pedimos mais do que agradecemos?
 
Seja aos Santos, aos Deuses ou Deus (como queiram!), e até aos nossos mais próximos, sejam eles amigos, filhos, pais ou amores. Pedimos milagres maiores ou menores, atenção, carinho, boas notas na escola, compreensão absoluta, intersecção total, enfim fartamos de pedir ou em casos mais extremos, a exigir.
 
Mas e agradecer? Quem se lembra de… Quem se dispõe a… Nem aos pobres dos Santos agradecemos! No máximo, aqueles que depois de servidos, pagam as promessas feitas em horas de desespero, agradecem alguma coisa. Mesmo assim, tudo na base do toma lá, da cá, pois só dão, depois de terem recebido algo – isto é uma coisa que para mim não faz sentido… esta “troca de favores”… não me soa bem.
 
Independente da fé que se tenha ou não se tenha, é importante sentirmo-nos gratos. Por menos que achemos que tenhamos algo para agradecer, há sempre muito, com toda a certeza. E não me refiro ao hábito, muito português, de dizerem àquele que partiu uma perna que deve agradecer por não ter partido as duas, e que afinal deve agradecer ainda mais pois até podia ter morrido: Até é verdade, mas dentro do optimismo é sempre um resquício de pessimismo atávico. Nós brasileiros, teríamos certamente um comentário mais jocoso do tipo: “bem, o mais difícil agora com a perna “quebrada” vai ser aprender a fazer amor na base do canguru perneta!” . Bem, mas isto é só uma questão de latitude e longitude, pois como sabem com certeza “não existe pecado do lado de baixo do equador”.
 
Mas, voltemos à questão da gratidão. Por mais estressada que esteja, furiosa mesmo, com o meu lado escorpião muito à tona, sinto sempre que há alguma razão para estar grata. Até mesmo pelo meu mau feitio que às vezes é mesmo bem mauzinho… sou grata. E sinto-me muito mais feliz assim!
 
Outro dia descobri que tinha que agradecer a alguém pura e simplesmente pela sua maneira de ser e de sentir, porque só por ser daquela maneira é que me fazia amá-la. E o amor que sentimos por alguém é sempre um privilégio para nós próprios. Egoísmo? Não! Apenas a constatação de quem já descobriu que não é no outro que temos que buscar a muleta para caminhar melhor. O amor não tem que estar nele, mas em mim para poder exercitá-lo e poder doá-lo.
 
Achei  que tinha que agradecer e agradeci.
 
E, sem dúvida nenhuma, sinto que hoje amo mais e melhor!
 
Heloisa Miranda
sapozen@sapo.pt

Os Pensamentos:

 

 

Os pensamentos aqui reproduzidos fazem parte do livro da minha autoria " Só Quero que Ames a Vida" da Editora Verso da Kapa

www.versodakapa.pt

 

 info@versodakapa.pt

 

 

 

 

 

Heloisa Miranda

sapozen@sapo.pt

 

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